xxxx, Ana Paula Lopes Araujo (TRN) Um Pequeno Passo em Direcao ao Outro Lado

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Quem somos nos de verdade?O que so ou onde esto os limites entre o que acreditamos ser real e o que imaginamos? Culturas antigas e tribais davam igual crdito a sonhos, vises e palavras em movimento, tratando-as como graus distintos de uma mesma realidade abrangente. De fato, conhecemos a ns mesmos ou a nossa verdadeira natureza? Quantas vezes reagimos por impulso apenas para arrependemo-nos de nossos atos depois, em geral com um pedido de desculpas: "Sinto muito, no sou eu mesmo hoje" ou "Eu no sei o que aconteceu comigo"? Nesses momentos de sentimentos intensos, se no somos ns mesmos, ento quem ou o que somos? Onde vivemos de verdade? A realidade suscitada por essa questo forma o "outro" implcito dentro de ns. Qual o significado desse "outro"? Dualidade? Pluralidade? O eu dividido? Estamos possudos por outro elemento alm de ns mesmos ou estamos em negao de nossos outros "eus" pelo fato de considerarmos esse comportamento inaceitvel? Ns os possumos ou eles nos possuem? Esse dilema tornou-se o tema de um antigo programa de rdio que comeava dessa forma: "Quem sabe o que est oculto nos coraes dos homens? As Sombras sabem". De que forma ns conhecemos nossas sombras, como seres individuais e coletivos? Melhor dizendo, de que forma nossas sombras nos conhecem? Independentemente de quem "est no comando" em qualquer momento no espao e no tempo, todas as escolhas que fazemos podem alterar nossas vidas para sempre, junto com as vidas e os destinos de outras pessoas. Um lapso de ateno momentneo enquanto dirigimos pode nos aleijar, nos mutilar ou nos levar a uma morte rpida e repentina